domingo, 14 de fevereiro de 2010

SBSB20012010

Ao Maestro Jorge Antunes (Magister Musicae)
malazarte este corpo não se parte. reside no plano mitológico: cobra com asas é brasília chã. cabe ao carteiro, que se sabe nem deus, nem herói, alcançar um possível encantamento da palavra por meio da andança poética. estranha ordem do mundo, estranha matéria de manhã. entregar a carta ao maestro. batuta que enluta os autos e os adautos de dom bosco. nesta manhã que se tece em cantos de celulares – que se ligam a outros que acordam outros que fazem acordos e cordas musicais. há um aparelho que emana voz e diante dos enigmas postos por este mundo, apreende, nos discursos e na rampa, os sentidos de ser gauche. corpo-baixo de abaporu. planta-altiplana de. e a osquestra orquestra. completa e sinestésica ensaia, nas arraias de carnaval, a voz do povo na rua, a ópera do povo no conic a obra do giramundo gritando fundo no peito de um traidor. judas e o vilão aires presos no carnaval. e tudo é superfesta. mas de uma festa chã, uma festa rompendo carnívora e antropófaga, rompendo sambatranses, sambrasílias, sombras e ilhas de cevada mineral. brasília superfantasticamente... e o galinho da madrugada já vem tecendo a manhã e lança seus saltos ao bloco dos raprigueiros moços trigueiros comendo tremoços apolíneos. e lança. lança-perfume e batuques aos meninos da ceilândia, brinquedos de nicolândia, e joga pedra nos presos da disneylândia. eu vou é botar meu azulejo na quadra, meu bloco rua, meu cobogó na lua... e permita baco que eu morra de samba de cachaça e de folia no chão de mamãe babagiliá.

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