terça-feira, 7 de outubro de 2008

BRASÍLIAS INVISÍVEIS XX

A satélite mais próxima é a w3; a mais distante: Goiânia. Goiânia, Brasília, Eu – nascemos no mesmo lugar: Goiás. Depois veio o Papa e cortou esse mundo ao meio. O bico do papagaio ficou de um lado e as penas do outro. Agora essa porção de terras é uma porção de terras inventando memórias futuras. Um homem também inventa: o passado das porções de terra. Esse homem é uma Ilha! Mas ilha maior é Brasília. Ilha da realidade. Com seus prédios, suas vias rápidas, suas curvas agônicas e formas agostinianas que revelam a variedade na unidade. Nas asas revela-se para o céu. Uma figura perfeitíssima se exprime em foices. No plano, para os olhos do céu, a solidez e a intocabilidade martelar revelam espiritualmente triângulos versus triângulos. No traçado, espelhado céu, o corpo feminino e imenso de uma mulher barroca deita na faixa de pedestres e atrapalha o choro.

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