sábado, 17 de julho de 2010

CIRCO DE MOSCOU - PONTO DE EXCLAMAÇÃO - IX

No circo do tempo: os leões cruzam espadas e cruzam alices e cartas de baralho. Alice lispector inventa um mundo onde dormem os homens e amanhecem as crianças. Do lado de fora os livros com gravuras divertem os pipoqueiros, os churros-do-chaves, os algodões de nuvens nuvens-doces e tantas coisas meu deus. E dos fogos das piras, lares e penates, dos círculos sagrados de aplaudir. e vejo focos de incêndio no focos de incêndio e vejo ancestrais e das fumaças de maio morando o sertão labaredas de junho roçando o sertão promessa de vida no meio coração. Sertão não: cerrado então. E quasares dançam as roupas... ideia fixa esta de roubar do jornal a palavra exata, a moça bonita a palavra esquecida no embrulho do pão, no papel envolto da pauta da folha em pauta e a dança da louca do 666 a moça que escreve cartas para ir e voltar, a moça que escreve crônicas de se fundar e hoje, no circo, é o dia dos homens. Em brasília todo dia é dia do homem. E me metamorfomo em lobisomem. Meio homem, matéria de crônica, homem de um dia astronauta de mármore no violão da rede do museu da casa de lúcio. Eu o astronauta do mármore do chão. meio lobo, mas de um lobo guará: lobisomem-guará. Assim assim: leve, meio lerdo, meio lobo, meio viralata de beira da rodoviária. Condição precária de contista daquilo que passa que já passou e passará: noiva do fim, noiva de mim, noiva do coito, noiva do lobo, noiva da semente, noiva da voz, noiva: amor, maior, mulher, algoz. Retrós?

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