sexta-feira, 16 de julho de 2010

ERA UMA VEZ NO CIRCO IV

o circo chega todos os dias e nos dá lições de ficar. no picadeiro central da maior avenida do mundo o corcel de fogo galopa sem limite pelo deslimite de mim. o cristo morto, o imperador morto, o menino olhando lá da arquibancada tudo que é espetáculo tudo que é esplanada. mais nada e só. os primeiros começos de brasília é todos os dias. a rodoviária é o centro nervoso e o terno retorno. todo dia tudo tão igual e tudo tão longe. seguir. a liberdade aqui é tudo que é calculado. o vento é a única prisão. o resto é esquina é espaço é visão e não. este silêncio visual. ame-o ou ame-o ou ame-o ou mate-o. o mato tão perto do chão. ah!, e o asfalto é o mar: o sol na tarde de sexta com os carros apressados. tudo que escrevo é antepassado. o aluguel tão caro no plano. o plano tão caro para tantos e tânatos espera a próxima vítima: doces ou travessia! e todo dia cruzar o eixo de si mesmo e ser si mesmo nas curvas do barroco. tinha um barraco na tesoura: superpassos. e os tesoureiros e os engarrafados descem dos carros e discutem uma solução para o preço do passo o preço do espaço o preço do pão. e onde estivessem era a imensidão. em brasília: eu só invento a vista. atenas é tão toda.

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