sábado, 17 de julho de 2010

CIRCO TRAPALHÃO - LINHA MARGEM TRAVESSÃO - XI

No circo fez-se noite. Verso pobre, mais pobre é o homem ao lado. no circo a quadra da noite é sempre lenta. Noite longa. vida longa à grei. Eu vi. eu vi a procissão na entrequadra. Era a cruz da fundação. Da fundação da fundação da fundação. E da cruz brotaram palavras dos jasmins das palavras jamais. Tanto faz. Brasília é a única. Capital fundada no pecado do peso de ser. A ruína dos homens é a poesia para a posteridade. A ruína dos nomes é a crônica para o dia. A ruína para as ruas é a superquadra – alada, bela, inefável. E a Isadora-gradiva grávida, gente, de oito meses, gente, precisa urgente de ajuda financeira... ah! a morada da chuva são os olhos da moça. Há esta moça deitada no tempo de espera o que espera esta moça vendendo sua condição de mãe? Medéia de hoje medéia de amanhã no asilo. Medéia amando na velhice no coreto da esplanada perto da fonte. Candangos axilados? O lar dos velhinhos é o amor. próprio.

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