sexta-feira, 16 de julho de 2010

CIRCO MUITO (VI)

ali na curva do alto a lua da asa norte tão cheia de si. musica e anima. musa e solar. muda e sonora. em brasília cada hora é uma hora. e mais. a moça ali é gradiva. toda moça é mais. tão pequenina tão bailarina. andaluza: tem luz no corpo porque seu corpo é mágica. mas a mágica deixa o picadeiro como o sinal deixa o verde, como os sinais deixam a chuva como os signos deixam o destino: em brasília tudo é destino: nordestino, centroestino, meninino, olhosorrino. e só. move-se como um lagarto o homem ao meu lado. é o homem do globo da morte. todo dia ele entra neste globo e vai trabalhar. quando moto: acelera; quando dedo apontado: desliza pelos ferros transparentes que nasceram com as árvores do cerrado. quando tudo é discurso eu me sinto calado. em brasília tudo é desenho: o museu, o adesivo de azulejo, o risco do desejo. tudo é asa: a flor do cerrado, a carroça do ditado, a carta de despejo. tudo é e só. o resto é aquela vermelhidão é a anti-ave nascendo das lavas do vulcão. é o prédio terceiro nascendo do magma da estação. larvas de. é o mundo morrendo e indo para uma única direção: brasília. onde está minha mente? vulcão. vermelhidão. pompéia é tão ambígua... desambigua ação!

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