sexta-feira, 16 de julho de 2010

ERA UMA VEZ OUTRO CIRCO CINCO

em brasília eu sou o mágico e as moças bonitas se deixam ser. cortadas ao meio. as moças bonitas se deixam enfiar espadas. as moças bonitas se movem pelo picadeiro da esplanada e levitam sem cordas e flutuam sem truques e lavoram sem roupas, pois as roupas estão ocupadas nos varais nos sinos das catedrais nas penas dos sermões dos cardeais. e lançam o pássaro antidiluviano que vira lençol que vira bandeira nacional que vira truque ou anseio de revelar. mas a maior mágica de brasília é seu desaparecimento. quando de olhos fechados, dédalus e complexus, este labirinto desaparece e quando de olhos abertos: meu deus, que escuridão. e quando sim é não. e quando não – ponto. pontos de ônibus pontos de conexão pontos que indicam a interrogação. em brasília tudo é mapa. basta seguir uma pista e encontrar na coxia do mundo a maior mágica. tudo é realidade. eu realismo e me movo como um lagarto e o lagarto se move como um ovo e o ovo lança voo no voo do mundo. olhe, pompéia é tão ambígua!

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