terça-feira, 30 de setembro de 2008

BRASÍLIAS INVISÍVEIS XVI

Cidade Inexistente. Não sei teu nome. De onde vem. Para onde vai... Cidade sem nome, cidade sem mãe, cidade sem paz. Nada sei de tuas marquises. Nunca vi teus pilotis. Quais seriam teus planos cidade inexistente? Há-de existir alguma vez no sonho de buscadores do Greal? Será de taça a tua forma? Será sustentada por relíquias imaginárias? Serão autênticas as tuas ruínas? Teu nome, dirão, nomes mágicos que nunca o de sua fundação. Mas, no livro dos planos há um código secreto... Em papel rascunho se esconde o movimento de tuas esferas o tempo de tuas vias o espaço de tuas eras. Será de música o teu céu e de fios de ouro, bronze e ocre as tuas flores espalhadas pelas árvores. E será de argila a tua imagem e semelhança e serás tão bela como a identidade de tua esfera. Tua forma, tua terra, na Terra, tua imagem e imitação de si mesma. Teu nome é teu futuro ou uma folha caída na multidão que procura-te Greal, Feminina, Altiplana: invisível é o presente...

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