segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR X

Há quadras que crescem para cima. Vias que correm para baixo. Uma paisagem invisível condiciona a diferença entre os homens e as diferenças entre os deuses. Uns vivem acima, outros abaixo. Alguns são plenos, outros, penam no plenário. Fazer versos é como construir cidades: uma palavra alicerça a outra e o concreto só pode ser admirado depois do ponto final. O mensageiro do vento, o lustre, o céu: estalactites arrancadas de mim.

Nenhum comentário: