terça-feira, 16 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR XXVII

Brasília sempre certa. Mudo um móvel de lugar e mudo um eixo de direção para modificar sua feição. Mas cada mudança no plano indica uma nova direção em cada satélite-alfenim. E indico melodias. Quem vem da norte vai para sul e quem vem da 100 volta pra 900 e invento formas de me distrair da lógica de Brasília. E esbarro em alguém só pra pedir desculpas e aponto a mão para uma faixa só pra pedir um olhar e peço informações em cada quadra só pra me perder melhor no discurso da cidade. E troco um aceno nas 400 e saúdo o sol na 700 e descanso na sombra de uma mangueira das 200. Toda quadra é feminina. Das mangueiras da 16 eu gosto mais. E lanço um passarinho em pleno ar e conclamo uma gaivota sobre niemar e uma andorinha na leveza certeira dos trilhos que ela desenha no ar...

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