segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR XXI

Brasília é o Castelo. Um processo kafkiano de ocupação de espaços. Pelas suas vias rápidas se estendem, se encontram se confundem se entendem os transeuntes e suas caretagens suas corretagens suas legiões e coros de nostradamus. Fronteiras. O fantástico é obtido dissecando-se o real: é o real que dá o conteúdo simbólico e torna-se fantástico aos olhos da realidade. Em Brasília, o fantástico atinge uma expressão total: a criação. E basta perguntar a uma criança qual é o sentido do plano, que ela, com seu jeito de mostrar o óbvio e a surpresa do absurdo da pergunta, responde com os braços abertos e a cara mais séria: Brasília está em todos os lugares, ué!