segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR XVII

Brasília é uma ampulheta. Despeja a areia, grão a grão, despeja cada pessoa no seu exato lugar. Brasília é uma cidade que recebe as pessoas. Todo aquele que já atirou uma pedra, chega na cidade, pega a pedra do chão e a coloca no seu exato lugar. Todo aquele que veio pelo caminho do meio e viu que no meio do caminho tinha uma cidade descansou as retinas. As pedras de Brasília detestam não estar dentro do plano. As pedras desta terra têm manias, têm águas de mar e amam os sabiás. Brasília é uma ampulheta em que cada tempo é uma pedra que vai de uma asa para outra, cruzando o eixo, cruzando o ponto central, cruzando o marco inicial demarcado por uma antena de tv.

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