terça-feira, 16 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR XXVI

Brasília é minha velhice, faz parte de uma busca poética de muitos anos. As leituras me consumiram e a busca de um estilo me trouxeram até aqui. Conheci a Paris de Balzac, visitei a Dublin dos dublinenses e fiz minha professora de francês procurar no mapa a mais bela cidade da memória: Combray. Ela nunca achou e eu me perdi à procura da palavra perdida. Não quero me justificar, mas queria que meus poemas dissessem mais do que eu diria. Sou um cronista do absurdo e esqueço cada linha que psicografo. E digo menos porque a arquitetura oferece respostas. Brasília, eu sei, é esfinge é mulher tem mais pirâmides mais hieróglifos mais do mesmo e um nada que é para sempre. Nada pleno. Estou cansado de mim, dela não. Ela é minha feição, minha escolha que não escolhi. Para viver um grande amor basta descer aqui na rodoviária e procurar a moça deitada na grama. Daí é só planear planear planear e colher a rosa que nasceu do asfalto e oferecer para essa mulher do fim do mundo. Brasília: quer casar comigo?

Um comentário:

Simone Gois :) CotidiAmo :} disse...

Oi Poeta,
Bem que eu senti um cheiro de ausência em Brasília, era você na Bahia heim!! Mas vejo que a distância te apurou o zelo e alargou esse amor... Seus versos estão impossivelmente belos. Parece que esse romance vai dar em casamento né!!!
E percebi sim novos caminhos nos teus poemasniemar.
Sabe que aquele loooooogo comentário foi feito com muito esforço. Pois quando leio seus textos, fico tão encantada que se desmaiam em mim as palavras. Aí saio em silêncio. Um silêncio carregado de poesia. Pra então receber o beijo de um sapo(meu blog) pra voltar a realidade, (se bem que o conto ficou ao contrário).
Pergunta: Vê se me responde dessa vez heim garoto! Você usou versos nos emails ou parte dos emails viraram versos?
Os reli algumas vezes, e achei muito poéticos.

Garoto!!? Não, não. Você é mesmo meu velhinho... só meu pai me chama de Si.


Olha não me ofereça nenhum Niemar, já tenho todos... estão impressos em mim... inclusive os que virão. Não me tire isto por favor.

Ah! e não tente me entender(ao me ler) pois ainda vagueio sem rumo no meu mundo e nesse teu amado plano profundo.

Beijos meu amigo de coração candango, Brasília sente ciúmes desse teu flerte baiano.