terça-feira, 16 de dezembro de 2008

BRASÍLIAMAR XV (A Pedro Maia

Disciplina é liberdade. Placa monumental: “Tamos de ovário cheio de violência”. Desse idílio unilateral nasceu o rock brasiliense e seus coelhinhos de pelúcia. Da força do tambor com o risco da guitarra fez-se aborto elétrico. Do tom baixo do contra-baixo com a gaita que grita noturna e passeia pela madrugada fez-se camisa de vênus ou de força. Desse idílio unilateral nasceu o choro e seus acordes rendrixianos rodrixianos freudianos. E je ne voudrais rapellais que eu minto também. Eu mito também. Sou nada, nadica de nada, menos noves fora zero de mim. O coisinha. Coisinha ruim. E quando espero o som da capital inicial, distraído, churrasquinho de gato, guaraná cajuína, quandéfé ouço uma voz rouca cortando a noite: na favela, no senado, no araguaia... que país é este? Que país é este? Ideologia é liberdade... Um menino de 4 anos cantando rock, brincando rock como se brinca de pião finca maré pedrinha e bolhas de sabão. Meninos eu vi.

Nenhum comentário: